Planeta Tierra - GIFMANIA

domingo, 27 de setembro de 2015

Superlua e eclipse total ocorrem ao mesmo tempo na noite deste domingo


Eclipse poderá ser observado durante mais de uma hora a partir de 23h11.
Lua estará em seu ponto mais próximo da Terra. 

Apaixonados por astronomia, o eclipse da lua, um dos eventos astronômicos mais esperados, acontece no próximo dia 27 de setembro e poderá ser visto em todos os estados do país. Esse é o quarto e último eclipse de uma série chamada de tétrade lunar.
Os três primeiros eclipses dessa série aconteceram nos dias 15 de abril de 2014, 8 outubro de 2014 e em 4 de abril de 2015. Nesse último espetáculo astral, a lua começa a ser encoberta a partir das 21h12 e fica totalmente visível às 2h22, da segunda, dia 28. O auge do eclipse será às 23h47, quando o astro terrestre estará totalmente oculto.
Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado na cidade de Urasoe, em Okinawa, no Japão, neste sábado (4) (Foto: AP Photo/Kyodo News)
Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado na cidade de Urasoe, em Okinawa, no Japão, em abril

Em seu ponto mais próximo da Terra, a Lua, que estará grande e luminosa, se vestirá de vermelho no final deste domingo (27) em um eclipse total, um fenômeno magnífico que só voltará a acontecer em 2033. "As condições convergem para que seja um eclipse espetacular", garantiu o astrônomo Pascal Descamps, do Observatório de Paris, à agência AFP.

Eclipses - GIFMANIAO eclipse total da Lua poderá ser observado durante mais de uma hora, por volta das 23h11 até 0h23 (horário de Brasília), do continente americano até o Oriente Médio. Segundo o astônomo Cassio Barbosa, autor do blog Observatório, o Brasil estará em situação privilegiada para acompanhar o evento.

A Lua não produz luz própria, aproveitando a que recebe do Sol. No domingo, o astro estará alinhado com o Sol e a Terra.

"Teremos um eclipse total porque a sombra da Terra engolirá toda a Lua", explicou à AFP Pascal Descamps. "A circunferência de sombra da Terra mede aproximadamente três vezes o tamanho aparente de nosso satélite", afirmou, podendo absorver a totalidade da Lua.
Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado de Echo Park, em Los Angeles, EUA, neste sábado (4) (Foto: AP Photo/Damian Dovarganes)

A Lua vai desaparecer do nosso campo de visão, privada dos raios solares, e reaparecerá pintada de vermelha - por isso, também é conhecida como "lua sangrenta" ou lua de sangue.
O vermelho se deve a um fenômeno luminoso. É pela refração dos raios solares que atravessam a atmosfera , com exceção dos vermelhos. Estes últimos sofrerão outro fenômeno: a atmosfera os desviará e iluminarão a superfície lunar.
"É interessante porque a cor da Lua vai depender do estado da atmosfera terrestre. Se está carregada de partículas, devido, por exemplo, à poluição, os raios vermelhos também serão refratados e não alcançarão a lua", explicou o astrônomo.
"Se o astro é vermelho sangue, poderemos ficar tranquilos sobre o estado atmosférico da Terra. Se é muito escuro, ou quase invisível, é porque é realmente catastrófico".
Eclipse lunar é visto de Miami, na Flórida (EUA) (Foto: Wilfredo Lee/AP)

Sem perigo 
Como a Lua estará em seu ponto mais próximo do nosso planeta, o que se conhece como o perigeu, por isso ficará maior do que de costume e mais brilhante no céu. "Nos parecerá cerca de 14% maior e 30% mais iluminada", explicou Sam Lindsay, da Real Sociedade Astronômica de Londres.

O fenômeno, conhecido também como superlua, está relacionado à órbita ligeiramente elíptica da Lua: este satélite gira ao redor da Terra, mas ele faz isso em um círculo formando um ovo, que se afasta e está constantemente em nosso planeta.
A última combinação de um eclipse lunar e uma superlua remonta a 1982, segundo a Nasa, e a próxima não ocorrerá antes de 2033. "Toda uma geração nunca viu esse fenômeno", disse Noah Petro, do projeto Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO) da Nasa.
Os eclipses foram durante muito tempo objeto de interpretações religiosas, mitológicas ou simbólicas. "Ao longo da história, muitas culturas consideraram os eclipses como sinais de tristeza e desgraça", lembrou à AFP Noah Petro.
Espetáculo para todos

Neste final de semana não há o que temer. Nem mesmo nossos olhos. Os elipses lunares não apresentam risco algum, ao contrário dos solares. "Não é como olhar para o Sol", garantiu Sam Lindsay, da Real Sociedade Astronômica de Londres. "Dá para usar binóculos, telescópios, tudo o que for necessário".

"É um espetáculo para todo o mundo, é gratuito. Basta colocar a cabeça para fora", concluiu Pascal Descamps.
Como apreciar o fenômeno
Segundo Cassio Barbosa, bastam céu limpo e horizonte aberto para que o espetáculo esteja garantido. "Esse é um dos eventos astronômicos em que não é preciso nenhum tipo de equipamento, basta que o céu esteja limpo e que você consiga ver a Lua no céu. Claro que a festa fica ainda melhor se houver uma luneta ou telescópio disponível. Nesse caso dá para ver a sombra da Terra percorrendo a superfície lunar, cobrindo as crateras, vales e montanhas conforme a Lua e a Terra se movimentam", afirma o astrônomo.

Ele recomenda o uso de uma cadeira de praia ou espreguiçadeira para que a observação fique mais confortável.
Se chover, é possível acompanhar o eclipse na internet. Vários sites farão transmissão ao vivo do evento. Um deles é o site da revista Sky & Telescope, que começará a transmitir o evento às 22h deste domingo.
Como ocorre o eclipse lunar? 
eclipse lunar é um fenômeno astronômico que ocorre toda vez que a Terra fica entre o Sol e aLua, exatamente na linha de intersecção de sua órbita com a da Lua, a chamada “linha dos nodos”, e sempre que a Lua está na fase cheia ou na fase nova.
Quando isso ocorre, a Lua entra na chamada zona de “umbra” (ou sombra), ou “penumbra” da Terra e fica totalmente ou parcialmente invisível durante alguns minutos.
Para entender melhor: imagine que você pegou uma bola e acendeu uma lanterna na direção dela. A sombra que irá se formar atrás da bola terá uma parte mais clara e outra mais escura. A parte mais escura terá o formato de um cone com a base na bola, e a parte mais clara terá o formato de um cilindro, também com a base (menor) na bola, em volta do cone. O cilindro, ou a região mais clara, é chamado de “penumbra”, espaço de meia sombra que recebe um pouco de luz, e a parte mais escura, o cone, é chamada de “umbra”, parte que não recebe nenhuma luz, completamente escura.
Com qualquer corpo esférico do sistema solar ocorre o mesmo efeito, e no eclipse lunar também. É como se a lanterna fosse o sol, a bola fosse a Terra e a Lua estivesse na região do cone, ou “umbra”. Por isso que não conseguimos vê-la durante o eclipse.

Fonte: http://g1.globo.com   ,  catracalivre.com.br ,  infoescola.

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