Planeta Tierra - GIFMANIA

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Finlândia ou tigres asiáticos: qual é o melhor modelo de educação para a América Latina?

Um pequeno país do norte da Europa, com pouco mais de cinco milhões de habitantes, tem sido um exemplo para outros países na educação por mais de uma década.
Livros Animados - GIFMANIAO desejo de aprender com o modelo finlandês levou o Brasil e o Chile, entre outros, a estabelecer programas de cooperação com professores visitantes.
Mas a queda da Finlândia em rankings internacionais como nos testes do PISA - exame internacional da Organização para a Cooperação Desenvolvimento Econômico (OCDE) - levantou dúvidas sobre o sistema do país, que dá enfase à formação de professores e busca se libertar da "camisa de força" do currículo baseado em disciplinas.
Para alguns especialistas, o modelo finlandês é um "conto de fadas". Para outros, é o modelo do futuro. Afinal, quem está certo?

Chega de 'disciplina'

Recentemente, o sistema de educação do país voltou a atrair atenção quando diversos veículos publicaram que a Finlândia iria abolir as disciplinas - como matemática ou geografia - do currículo escolar.
O governo esclareceu, porém, que apenas iniciou uma reforma em que haverá mais projetos interdisciplinares, com um tópico - por exemplo, a União Europeia - visto no contexto de diversas matérias.
Para Leonor Varas, doutora em matemática e especialista em educação da Universidade do Chile, e que dirigiu durante três anos um projeto de pesquisa bilateral do país com a Finlândia, a América Latina ainda tem muito o que aprender com o sistema finlandês.
Yong Zhao, professor de origem chinesa do departamento de educação da Universidade de Oregon, questiona a autoridade que se confere aos rankings do PISA.
"As provas do PISA não são uma medida de qualidade da educação, a menos que equiparemos a educação com preparação para fazer uma prova do PISA", disse Zhao à BBC Mundo.
A Finlândia encabeçou em 2000, 2003 e 2006 o ranking do PISA, que compara o desempenho em matemática, ciência e leitura de meio milhão de alunos de 15 anos em 65 países.




Credtio: GettyImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionTodos os professores na Finlândia precisam ter mestrado

No entanto, nos últimos resultados divulgados, relativos aos testes de 2012, a Finlândia não estava entre os dez primeiros em matemática. Os oito primeiros lugares são ocupados por sistemas asiáticos (Xangai, Cingapura, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Macau e Japão).
Para Gabriel Heller Sahlgren, diretor de pesquisas do Centro para Estudos de Mercado de Educação, com sede em Londres, o sistema finlandês está em declínio.
Em um artigo publicado pelo think tank britânico Centre for Policy Studies, Sahlgren destaca que o êxito da Finlândia em anos anteriores não foi um produto do sistema atual, mas um legado da centralização educacional implantada quase quatro décadas atrás.
"É simplista olhar o atual sistema de educação finlandês sem ver sua história", disse Sahlgren.
"Em vez de se diferenciar dos centralizados sistemas asiáticos, a Finlândia fez, durante 40 anos, precisamento o que hoje fazem muitos países emergentes: investir de forma massiva e centralizada em educação".




Credito: BBC
Image captionInvestimento massivo em educação há quatro décadas é parte da identidade da Finlândia

Outros autores questionam os "mitos da educação finlandesa." Tim Oates, do centro de preparação e avaliação de exames Cambridge Assessment, da Universidade de Cambridge, é autor de um estudo intitulado Contos de Fadas finlandeses.
Oates adverte, assim como Sahlgren, que os bons resultados alcançados na Finlândia em 2000 são produto não da autonomia com que geralmente é associado o sistema finlandês, mas às reformas implementadas nos anos 70 e 80.

Professores com mestrado

Mas para Leonor Vargas, que visitou várias escolas finlandesas e conhece bem o sistema de um novo tigre na educação, Cingapura, o modelo a ser seguido pela América Latina continua sendo o finlandês.
Ela acha que a questão-chave na Finlândia - e que poderia fazer a diferença nos países latinos - está na formação de professores, que tanto no ensino fundamental e básico precisam ter mestrado.




Credito: Leonor VarasImage copyrightLEONOR VARAS
Image captionProfessores da Finlândia se surpreenderam com a habilidade de professores chilenos darem atenção a 45 alunos

"É um sistema centralizado e a preparação nas dez universidades que formam professores é muito semelhante", diz Varas.
Na América Latina, em contraste, "é possível encontrar formações incrivelmente diferentes."
Varas disse que o elevado nível de formação permite que os professores finlandeses sejam criativos. "Eles são exigentes e centralizados, mas ter um nível tão elevado lhes dá liberdade para manipular e responder a cada situação particular frente às necessidades de seus alunos."
O aperfeiçoamento dos professores também é diferente.
"E eles são muito profissionais. Por exemplo, um professor em nosso projeto que visitei havia recebido em sua classe um aluno surdo e havia retornado para a faculdade para estudar como ensinar um aluno surdo."

Status e salários

Os professores são altamente respeitados na sociedade.
"Um amigo pesquisador da Universidade de Helsinki se apresenta em todo o mundo como um doutor em psicologia. Mas em seu país se apresenta como professor de educação básica", diz Varas.
"Para ser professor, teve que passar por cursos para os quais havia dez pessoas por vaga. É mais fácil obter uma vaga em um doutorado em psicologia."
O salário anual de um professor do ensino médio na Finlândia (US$ 28.780) é menor do que nos EUA (US$ 44.917 dólares), de acordo com o Índice Global de Status dos Professores 2013 da fundação britânica Varkey GEMS.
Mas há outras condições que explicam por que muitos finlandeses escolhem ser professores de crianças.
"É a qualidade de vida. O tempo que você tem que estar presente na escola não é mais de 20 horas por semana", disse Varas.
"É claro que eles trabalham mais de 20 horas, mas podem fazer isso colaborando com outros professores, preparando as aulas, analisando trabalhos escolares. Sua profissão lhes permite passar mais tempo com seus filhos, ter uma vida feliz, estudar e se desenvolver profissionalmente."

Cingapura: valores para o século 21

O Chile também colabora com Cingapura, e professores do Instituto Nacional de Educação, que forma os professores do país asiático, visitaram escolas chilenas.
"Uma vez eu dei parabéns a um dos fundadores do Instituto Nacional de Educação de Cingapura, porque eles eram o número um nos testes TIMSS, que medem o desempenho em matemática."
"Mas ele me disse 'Por que parabéns'? Não é o que nós queremos. Nós queremos ser como a Finlândia, que nossos alunos pensem mais, que desenvolvam mais a capacidade de resolver problemas fora do padrão."
Varas disse à BBC que, inicialmente, o sistema de Cingapura estava muito focado em conteúdo, mas agora dá grande ênfase à aquisição de valores.
"Eles chamam isso de competências para o século 21". Buscam desenvolver pessoas íntegras, comprometidas, capazes de trabalhar em equipe, de aprender ao longo da vida. É definitivamente algo muito diferente do que vimos em Cingapura no início da nossa colaboração".

Pressões na China

O fato de a Finlândia não estar entre os top 10 em matemática no PISA não significa que a educação piorou, de acordo com o chinês Zhao.




Credito: GettyImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionAula em Xangai, primeiro lugar em matemática nas provas do PISA

"O PISA não necessariamente mede a qualidade da educação. E a posição da Finlândia no ranking caiu em termos relativos em parte porque mais sistemas do leste da Ásia participaram com bons resultados."
O primeiro lugar do PISA em matemática ficou com Xangai, mas Zhao, que foi educado na China, questionou aspectos do sistema educacional neste país.
"Os estudantes na China enfrentam uma enorme pressão para obter bons resultados nos exames, têm grande carga acadêmica e gastam enormes quantidades de tempo se preparando para testes. Por isso a educação acaba se tornando uma preparação para os exames", disse Zhao.
Fonte: http://www.bbc.com/

domingo, 30 de agosto de 2015

Começou neste sábado a temporada de Superluas cheias

Casal observa a Superlua no Rio Misssouri, nos Estados Unidos (Foto: Charlie Riedel/AP)


















Por ocasião da Superlua cheia, o satélite natural da Terra, fica mais próximo do Planeta, destacando-se com o disco inteiramente iluminado pelo Sol.
Os amantes da Lua tem um motivo a mais para olhar para o céu no próximo sábado. É quando ocorre a primeira Superlua do ano. Por ocasião da Lua Cheia, o satélite natural da Terra se destaca mais do que o normal, com o disco inteiramente iluminado pelo Sol. O fenômeno ocorre com a aproximação entre a Lua e a Terra. Esse tipo de ocorrência já foi registrado em 2015 em três oportunidades durante a Lua Nova, nos meses de janeiro, fevereiro e março. 
O astrônomo Carlos Veiga, do Observatório Nacional (ON/MCTI), explica que o fenômeno ocorre com a máxima aproximação da Terra, ou seja, quando o ponto de órbita da Lua está mais perto da Terra. Isso resulta da órbita da Lua ser levemente elíptica, e em algumas ocasiões ela fica mais perto (perigeu) ou mais distante (apogeu) do nosso Planeta.
"Então, esse movimento de afastamento e aproximação dá o que chamamos de diâmetro aparente da Lua, quando o disco da Lua parece maior para quem está na Terra", explica. "Portanto, o que se chama de Superlua é um acontecimento natural e todos esses fenômenos, como também a Lua Vermelha, estão ligados à distância entre a Terra e a Lua, quando esses pontos celeste estão mais perto ou mais longe", reforça. 
O pesquisador da Coordenação de Astronomia e Astrofísica do ON lembra que neste sábado (29), às 15:36:15hs, a Lua estará a uma distância de 358.568  quilômetros da Terra. A distância máxima do satélite é de 406.400 quilômetros. "Veja que essa distância, de aproximação e afastamento da Terra varia muito, cerca de 47.800 quilômetros", sustenta.  O suficiente para deixar a Lua ainda mais interessante, vistosa e bonita. O melhor horário para observação é das 19h às 22h.
"Então ela estará verdadeiramente um pouco maior em termos de área no céu e mais brilhante, isso é verdade, porque está mais perto de nós", ressalta também o astrônomo Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI).  O pesquisador esclarece, no entanto, que o termo Superlua não veio da Astronomia, tendo maior significado para a Astrologia.
Depois deste sábado, uma nova Superlua vai acontecer no dia 28 de setembro. A próxima data no calendário lunar é considerada de maior importância para a Astronomia, quando também vai ocorrer o Eclipse Lunar. "É quando a Lua passa pela sombra da Terra. Existem coisas que se pode estudar e trabalhos que podem ser feitos durante o eclipse, além de ser um espetáculo muito bonito e que estimula imaginação e a curiosidade pela astronomia", observa o pesquisador do Mast. No dia 27 de outubro ainda ocorre a menos interessante e a última das três Superluas, em fase de Lua Cheia de 2015. 

Fonte: MCTI

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Principais conflitos mundiais recentes







1. Sudão do Sul
conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul, após este ganhar independência, pode se intensificar. Em novembro, o ministro da defesa sudanês anunciou uma ofensiva para combater os rebeldes do sul.
Além disso, há um conflito interno no Sudão do Sul. Diferentes grupos étnicos estão se enfrentando, promovendo uma matança em ambos os lados. A disputa pode atingir as proporções de um genocídio.
Em 2013, 450 mil pessoas tiveram de fugir da região.
Soldados do Sudão do Sul
Soldados do Sudão do Sul.

2. Iraque

2013 foi um ano terrível para o Iraque. Desde 2008, quando os números da violência eram baixos, o país não passava por tamanho banho de sangue.
Foram cerca de 9 mil mortos, religando o alerta nos Estados Unidos. Ficou claro que a região está longe de estar totalmente pacificada.
Recentemente, a região de Fallujah foi tomada pela Al Qaeda, tornando a situação ainda mais crítica. Mesmo com o temor de uma guerra civil, o governo americano, por enquanto, descarta a possibilidade de entrar novamente no país.
Um soldado americano caminha em estrada no Iraque
Soldado norte- americano caminha em estrada no Iraque.

3. Coreia do Norte

Que a Coreia do Norte tem um líder jovem, instável - e talvez louco -, todos já sabem. Que a maioria das ameaças são blefes, também.
Mesmo assim, o mundo ficará mais preocupado com Kim Jong-Un em 2014.
Seu governo ameaçou a Coreia do Sul de guerra por fax, prometendo um ataque sem piedade. Também disse que o mundo sofreria uma catástrofe nuclear caso o país fosse atacado.
A fria execução do tio de Kim e de outros "traidores" também chocaram o mundo.
Soldados marcham na Coreia do Norte
Soldados marcham na Coréia do Norte.

4. Síria

A guerra civil na Síria, entre os rebeldes e o governo de Bashar al-Assad, se arrasta desde janeiro de 2011. Até agora, foram mais de 100 mil mortos e 2 milhões de refugiados.
Com Rússia e China do lado da Síria, Europa e Estados Unidos não pensam em entrar no país para por um fim rápido no conflito. Os Estados Unidos, principalmente, não querem se enfiar em outra guerra no Oriente Médio de maneira alguma.
Mas a tensão aumenta a cada mês. Depois de ataques com armas químicas - provavelmente feitos pelo governo de Assad - muitos já se perguntam qual será a gota final. Ela pode vir em 2014.
Rebeldes combatem na cidade de Saraquib, na Síria
Rebeldes combatem na cidade de Saraquib, Síria.

5. China

Em 2013, China e Japão tiveram alguns momentos de tensão por causa de ilhas em disputa nos mares do leste e sul chinês.
É pouco provável que um conflito armado exploda a partir dessa disputa, mas as provocações chinesas e japonesas deixam toda a região em constante tensão.
Além disso, as manobras chinesas para testar os limites do seu poder e passar mensagens intimidantes a seus vizinhos mexe diretamente com outra potência mundial, os Estados Unidos. 
Soldados chineses em Pequim
Soldados chineses em Pequim

6. Paquistão

Paquistão pode enfrentar um aumento da violência e uma instabilidade política em 2014.
No ano passado, as mortes em ataques terroristas aumentaram 19%, chegando a quase 2500 vítimas. 
O possível julgamento do ex-presidente Pervez Musharraf em 2014 também pode aumentar a chance de conflitos.
Homem queima a bandeira dos Estados Unidos no Paquistão
Homem queima bandeira dos EUA no Paquistão

7. Península Arábica

A região da Península Arábica, especialmente Iêmen e Jordânia, pode preocupar em 2014.
O conflito crescente na Síria pode irradiar para a Jordânia - e também para o Líbano.
Já a Al Qaeda pode encontrar mais força no Iêmen, onde o ódio contra os Estados Unidos só aumenta. Em 2013, por exemplo, um drone americano que matou, por engano, mais de dez pessoas em um casamento no país revolou a população.
Rebeldes no Iêmen
Rebledes no iêmem, leiais aos dissidentes Sadiq al -Ahmar

8. Irã

Em 2013, o Irã e mais seis potências chegaram, aparentemente, a um acordo sobre o programa nuclear iraniano. 
O Irã iria reduzir o programa na mesma medida em que as potências reduziriam as sanções econômicas impostas.
Mesmo assim, é grande o temor de que, se o acordo não for plenamente cumprido, um conflito para impedir a construção de uma bomba atômica possa começar.
Mulher iraniana em Teerã
Mulher iraniana em Teerã

9. Mianmar

O governo do Mianmar tentou fortalecer um processo democrático após décadas de ditadura, mas o crescente conflito entre budistas e muçulmanos e as guerrilhas étnicas podem colocar tudo a perder em 2014.
Os conflitos já deixaram centenas de mortos e mais de 120 mil refugiados.
Em Meiktila, Mianmar, homem observa várias casas em chamas após um ataque
Em mianmar, homem casas em chamas após ataque.

10. República Centro-Africana

A escalada de violência na República Centro-Africana corre o risco de se tornar um genocídio, o que muitos estão chamando de "a nova Ruanda", em alusão ao massacre que vitimou milhões naquele país em 1994.
Na verdade, um conflito violento já começou. A ONU já calcula mais de um milhão de deslocados. Na luta entre grupos muçulmanos e cristãos, cerca de 500 morreram em dezembro de 2013.
Já há relatos de cidades totalmente abandonadas, com corpos espalhados, onde até mesmo os médicos e socorristas fugiram.Rebelde combate na República Centro-Africanarebelde em combate na RCA.

Mulher afegã vota em posto eleitoralMulher afegã vota em posto eleitoral.
11. Nigéria
O Boko Haram é um grupo islamita que usa táticas terroristas para impor a lei sharia na Nigéria. Seus principais alvos são escolas de meninas e vilarejos cristãos. O ataque que causou mais comoção internacional foi o sequestro de mais de 200 meninas em abril do ano passado. O país é predominantemente islâmico, mas o sul é de maioria cristã. Além disso, o Boko Haram tem uma interpretação bem mais radical da lei sharia, prevendo penas mais duras contra mulheres, como o estupro.
Desde o início dos conflitos, a 5 anos, centenas de milhares de pessoas fugiram da Nigéira e mais de 1 milhão vivem deslocadas dentro do próprio país.
A Nigéria tem enfrentado constantes ataques violentos do Boko Haram. Utilizando granadas e armas de fogo, o grupo destruiu 16 vilarejos na região nordeste do país. O número total das vítimas não foi contabilizado, mas acredita-se que passam de 2 mil mortos.


Fonte: exame.abril.com.br


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Região Sudeste enfrenta sérios problemas por causa da escassez de água.

Documentário Completo GREENPEACE sobre Sistema de Abastecimento de água da Região Sudeste 2015

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A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste é conhecida nacionalmente pelo elevado contingente populacional e pela importância econômica de sua indústria. O grande desenvolvimento da região, entretanto, é motivo de problemas em relação à disponibilidade de água. Isso ocorre porque, ao mesmo tempo em que apresenta uma das maiores demandas hídricas do País, a bacia também possui uma das menores disponibilidades relativas.
Nesse contexto, promover o uso sustentável dos recursos hídricos na região, garantindo seu uso múltiplo, representa um grande desafio. Esse trabalho implica em colocar em prática formas de gestão que conciliem o crescimento econômico e populacional de região com a preservação ambiental.
A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste tem 214.629km² de área, o equivalente a 2,5% do País. Os seus principais rios são o Paraíba do Sul e o Doce, com respectivamente 1.150 e 853 quilômetros de extensão. Além desses, a Região Hidrográfica também é formada por diversos e pouco extensos rios que formam as seguintes bacias: São Mateus, Santa Maria, Reis Magos, Benevente, Itabapoana, Itapemirim, Jacu, Ribeira e litorais do Rio de Janeiro e São Paulo.
Cerca de 28,2 milhões de pessoas habitavam a região em 2010 (14,8% da população do País), sendo que 92% da população viviam em áreas urbanas. Outras características demográficas marcantes da região são os significativos adensamentos populacionais, onde se destacam a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com mais 3.000 hab./Km². Além da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, destacam-se as Regiões Metropolitanas de Vitória (ES) e da Baixada Santista (SP).
Em relação ao uso e à ocupação do solo, um dos principais problemas se refere à ocupação irregular de encostas, áreas ribeirinhas e de mananciais, estimulada em grande parte pela especulação imobiliária. Devido ao intenso e desordenado processo de uso e ocupação, podem ser encontrados ao longo dos rios apenas pequenos trechos com vegetação ciliar e geralmente em mau estado de conservação. 
O nível dos reservatórios de água do Sistema Cantareira registrou a 23ª queda seguida. 

Ativistas do Greenpeace abrem banner com a mensagem "A Falta de água começa aqui" em área recém-desmatada na Amazônia. (© Marizilda Cruppe/Greenpeace)

A mensagem "A falta de água começa aqui", colocada em uma área do tamanho de 504 campos de futebol de mata queimada e destruída, é uma lembrança importante de que as florestas são fundamentais para assegurar o equilíbrio do clima e parte vital do ciclo da água. 
Só a Amazônia transpira, diariamente, 20 bilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera – volume superior à vazão do rio Amazonas. Toda essa umidade forma os "rios voadores" que são levados, com o vento, para outras regiões do País, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água. Ao desmatar a Amazônia, interferimos de forma extremamente negativa no ciclo da água.

Fonte: http://www2.ana.gov.br/ 
                       http://www.greenpeace.org/


domingo, 23 de agosto de 2015

Amazônia. Patrimônio brasileiro, futuro da humanidade.


Enorme Biodiversidade 
Do alto, do solo ou da água, a Amazônia é um impacto para os olhos. Por seus 6,9 milhões de quilômetros quadrados em nove países sul-americanos (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa) espalha-se uma biodiversidade sem paralelos. É ali que mora metade das espécies terrestres do planeta. São aproximadamente 40 mil espécies de plantas e mais de 400 de mamíferos. Os pássaros somam quase 1.300, e os insetos chegam a milhões. 
No Brasil, que engloba cerca de 60% da bacia amazônica, o bioma cobre 4,2 milhões de quilômetros quadrados (49% do território nacional) e se distribui por nove estados (Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, parte do Tocantins e parte do Maranhão). Ele é muitas vezes confundido com a chamada Amazônia Legal - uma região administrativa de 5,2 milhões de quilômetros quadrados definida em leis de 1953 e 1966 e que, além do bioma amazônico, inclui cerrados e o Pantanal. (Mapa: bioma, Amazônia Legal e Limite Panamazônia)
Sob as superfícies negras ou barrentas dos rios amazônicos, 3 mil espécies de peixes deslizam por 25 mil quilômetros de águas navegáveis: é a maior bacia hidrográfica do mundo, com cerca de um quinto do volume total de água doce do planeta. Às suas margens, vivem mais de 24 milhões de pessoas, incluindo mais de 342 mil indígenas de 180 etnias distintas, além de ribeirinhos, extrativistas e quilombolas.
Além de garantir a sobrevivência desses povos, fornecendo alimentação, moradia e medicamentos, a Amazônia tem uma relevância que vai além de suas fronteiras. Ela é fundamental no equilíbrio climático global e influencia diretamente o regime de chuvas do Brasil e da América Latina. Sua imensa cobertura vegetal estoca entre 80 e 120 bilhões de toneladas de carbono. A cada árvore que cai, uma parcela dessa conta vai para os céus.

Grandes também são as ameaças 

Maravilhas à parte, o ritmo de destruição segue par a par com a grandiosidade da Amazônia. Desde que os portugueses pisaram aqui, em 1550, até 1970, o desmatamento não passava de 1% de toda a floresta. De lá para cá, em apenas 40 anos, foram desmatados cerca de 18% da Amazônia brasileira  – uma área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Foi pela década de 1970 que a porteira se abriu. Numa campanha para integrar a região à economia nacional, o governo militar distribuiu incentivos para que milhões de brasileiros ocupassem aquela fronteira “vazia”. Na corrida por terras, a grilagem falou mais alto, e o caos fundiário virou regra difícil de ser quebrada até hoje.
A governança e a fiscalização deram alguns passos. Mas em boa parte da Amazônia, os limites das propriedades e seus respectivos donos ainda são uma incógnita. Isso pode mudar com a consolidação doCAR (Cadastro Ambiental Rural), ferramenta de regularização ambiental prevista no Código Florestal, mas que ainda está em processo de implementação. Os órgãos ambientais correm atrás de recursos para enquadrar os que ignoram a lei, mas o orçamento para a pasta não costuma ser generoso. O resultado, visto do alto, do solo ou das águas, é impactante.

fonte: Imazon.org.br

Desenvolvimento para quem? 

Uma das últimas grandes reservas de madeira tropical do planeta, a Amazônia enfrenta um acelerado processo de degradação para a extração do produto. A agropecuária vem a reboque, ocupando enormes extensões de terra sob o pretexto de que o celeiro do mundo é ali. Mas o modelo de produção, em geral, é antigo e se esparrama para os lados, avançando sobre as matas e deixando enormes áreas abandonadas. 
Ainda assim, o setor do agronegócio quer mais. No Congresso, o lobby ruralista por mudanças na legislação ambiental conseguiu aprovar o novo Código Florestal, que concedeu anistia a quem desmatou ilegalmente e enfraqueceu a legislação. O objetivo é que mais áreas de floresta deem lugar à produção, principalmente, de gado e soja. A fome por desenvolvimento deu ao país a segunda posição dentre os maiores exportadores de produtos agrícolas. Mas os louros desses números passaram longe da população local. As taxas anuais de desmatamento na Amazônia brasileira, que haviam caído nos últimos anos, aumentaram 28% entre agosto de 2012 e julho de 2013.
A exploração predatória e ilegal de madeira continua a ser um enorme problema na região, e tem como principal consequência a degradação florestal, que é o primeiro passo para o desmatamento. Além disso, ela causa inúmeros conflitos sociais, como ameaças e assassinatos de lideranças que lutam para proteger a floresta. Como se não bastasse, essa madeira chega aos mercados nacionais e internacionais como se fosse legal, por meio de um processo de “lavagem” que utiliza documentos oficiais para dar status de legalidade à madeira tirada de locais que não possuem autorização – incluindo áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação. O sistema do governo que deveria controlar o setor madeireiro é falho e está totalmente fora de controle.
As promessas de desenvolvimento para a Amazônia também se espalham pelos rios, em forma de grandes hidrelétricas, e pelas províncias minerais, em forma de garimpo. Mas o modelo econômico escolhido para a região deixa de fora os dois elementos essenciais na grandeza da Amazônia: meio ambiente e pessoas.
"Entre 2007  e 2012, foram explorados ilegalmente cerca de 700 MIL CAMPOS DE FUTEBOL, o equivalente a aproximadamente 5 MILHÕES DE ÁRVORES ou  950 MIL CAMINHÕES DE TORA,  que colocados em linha reta somariam  9.500 km - DISTÂNCIA ENTRE SÃO PAULO E PARIS".CONCLUSÃO: A AMAZÔNIA PERDE DE LAVADA NO JOGO DO DESMATAMENTO! 

Soluções

- Desmatamento zero: Ao zerar o desmatamento na Amazônia até 2020, o Brasil estará fazendo sua parte para diminuir o ritmo do aquecimento global, assegurar a biodiversidade e o uso responsável deste patrimônio para beneficiar a população local. Atualmente, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pelo Desmatamento Zero no Brasil já conquistou o apoio de 1 milhão de brasileiros. Não é preciso derrubar mais florestas para que o país continue produzindo. Ações contra o desmatamento e alternativas econômicas que estimulem os habitantes da floresta a mantê-la de pé devem caminhar juntas.
- Áreas protegidas: Uma parte do bioma é protegida legalmente por unidades de conservação, terras indígenas ou áreas militares. Mas a falta de implementação das leis faz com que mesmo essas áreas continuem à mercê dos criminosos.
- Regularização fundiária: É a definição, pelo Estado, de quem tem direito à posse de terra. O primeiro passo é o mapeamento das propriedades privadas para possibilitar o monitoramento de novos desmatamentos e a responsabilização de toda a cadeia produtiva pelos crimes ambientais ocorridos.
- Governança: Para todas essas medidas se tornarem efetivas, o governo precisa estar na Amazônia, com recursos e infraestrutura para fazer valer as leis de preservação. A proteção da Amazônia e a criação de um modelo de desenvolvimento sustentável e justo para a região pode gerar oportunidades para os povos que dependem da floresta.
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil

Assine pelo Desmatamento Zero

Juntos podemos levar para o Congresso uma lei popularpelo fim da destruicao das florestas

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

As 21 megacidades do mundo.


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O conceito de megacidade foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer referência a toda e qualquer aglomeração urbana com população superior a dez milhões de habitantes. Portanto, o grupo de megacidades envolve as maiores áreas urbanas habitadas do planeta. A maioria delas é constituída por municípios de países emergentes e subdesenvolvidos, embora a maior seja Tóquio, capital do Japão.
Algumas dessas megacidades de países subdesenvolvidos vêm apresentando elevados índices de crescimento populacional, tanto pelo aspecto migratório quanto pelas elevadas taxas de natalidade, como é o caso de Lagos, na Nigéria, e Karachi, no Paquistão. O principal desafio dessas e de outras grandes cidades é o provimento de infraestruturas sociais que permitam uma mínima qualidade de vida a seus habitantes em face de um crescimento acelerado e desordenado.
Portanto, a maior parte das megacidades sofre com problemas relativos à ausência de saneamento básico, expansão de favelas e ocupações irregulares, elevados índices de violência, segregação socioespacial, ausência de mobilidade tanto nas vias de trânsito quanto no deslocamento pelos transportes públicos, entre outros muitos fatores. Por isso, além de conter essa expansão desordenada, são necessárias políticas públicas mais eficientes que visem à correção desses problemas com investimentos diretos em saneamento, segurança, educação, moradia, mobilidade, entre outros.
Outro aspecto considerado negativo existente nas megacidades abrange os problemas ambientais. Eles acontecem pelos elevados índices de poluição, remoção da vegetação, degradação de cursos d'água e outros, gerando problemas ambientais gerais e específicos, tais como as ilhas de calor e a inversão térmica. Por esse motivo, é preciso descentralizar os serviços existentes e promover uma maior democratização nas estruturas sociais para garantir a todos os cidadãos o direito à cidade.
TOP 10!!
Pessoas caminham pelo bairro de compras Ginza, em Tóquio, em julho de 20091° Tóquio (Japão): 36.669.000 de Habitantes.
 2° Nova Déli (Índia) : 22.157.000 habitantes.
3° São Paulo(Brasil) :20.262.000 habitantes
4° Mumbai (Índia): 20.041.000 habitantes
México5° Cidade do México:19.460.000 habitantes

Nova York6°Nova York(EUA): 19.425.000 habitantes
7° Xangai(China):16.575.000 habitantes
8° Calcutá: 15.552.000 habitantes
Vista de Daca, em Bangladesh9°Daca(Bangladesh):14.648.000 habitantes
Hollywood10° Los Angeles (EUA): 13.156.000 habitantes